segunda-feira, 20 de outubro de 2014

DÉCIMO SEGUNDO ENCONTRO - 14/10/14



Nesta noite pude conhecer um pouco das brincadeiras de infância das demais colegas de curso. Gostei bastante da forma como a professora Joelma planejou este encontro. Ela pediu que cada um se acomodasse nos colchonetes que estavam distribuídos no chão da sala e desenhasse em papel metro as brincadeiras do tempo de criança, achei muito divertido.

Logo após, socializamos para o grupo o que havíamos registrado através de desenhos. Pudemos perceber de perto o quanto as brincadeiras mudaram no decorrer do tempo. Antigamente as crianças se movimentavam bem mais no cotidiano, pois o momento favorecia as brincadeiras nas calçadas, nas praças ou até mesmo em plena rua. Hoje as crianças estão presas a TV, ao computador e ao celular, isso não significa que elas não se divertem desta forma, mas é preciso rever o tempo que elas estão passando com jogos eletrônicos, pois estes, não contribuem com o desenvolvimento da afetividade, o respeito nas relações com o outro, entre tantas outras coisas já comprovadas através de pesquisa efetuadas nesta área.
 
Outra questão importante debatida pelo grupo foi sobre as brincadeiras livres e as dirigidas. Ficou claro para mim, que ambas tem sua relevância, porém é necessário o educador saber escolher um momento para cada uma.

As brincadeiras que não há interferência de um adulto, ou seja, as brincadeiras livres, espontâneas, colaboram ativamente no crescimento da criatividade das crianças durante o seu processo de desenvolvimento. Quanto às brincadeiras dirigidas, o educador deve planejar no intuito da criança construir o conhecimento, incentivando para que esta supere seus próprios limites.

Outro momento bastante significativo foi quando a professora Joelma distribuiu na sala três modelos de rotinas semanais do berçário, pois foi possível compará-las e compreender que é através da rotina que percebemos como a criança é concebida no espaço educativo.



terça-feira, 14 de outubro de 2014

DÉCIMO PRIMEIRO ENCONTRO – 07/10/14

A professora Imária deu inicio a este encontro apresentando para o grupo sua experiência na África, através de várias fotos bem interessantes. No ano de 2009, ela fez parte de uma equipe que desenvolveu um projeto denominado Formação de Educação Profissional na Linha Amarela, este foi favorecido pela Organização Odebrecht. Ela registrou seu trabalho nos seguintes países: Angola, Moçambique e Ruanda. Através dos seus relatos pude imaginar o quanto esta experiência foi extraordinária.

Em seguida socializamos os textos: Técnicas corporais, cuidado de si e cuidado do outro nas rotinas com bebês, da autora Daniela Guimarães e O Educador-referência das autoras Elinor Godschimied e Sonia Jackson.

O primeiro trata de uma pesquisa etnográfica realizada num berçário com vinte e quatro crianças de três meses a um ano de idade, tendo como objetivo averiguar as práticas e técnicas que compõem os bebês, seus modelos e sua funcionalidade, buscando também suas possibilidades afetuosas e sociais.

Para a autora Daniela Guimarães, os bebês ainda não expressão opiniões sobre eles mesmos, mas já se percebem através da via sensorial. Sua pesquisa busca entender como esta criança se transforma em sujeito e como desenvolve a iniciativa própria. Como as técnicas corporais e o cuidar acontecem dentro da creche, sem se tornarem apenas práticas mecânicas, mas sim, como uma concepção de educação, através do diálogo.

No segundo texto, Educador-referência, as autoras pontuam alguns momentos na creche que podem ser aprimorados, como por exemplo a questão dos banheiros compartilhados por vários grupos. Elas afirmam que é necessário um bom planejamento para não ser tumultuado e tenso o uso dos mesmos.

Na hora da refeição, enquanto a comida é trazida até a sala, é importante que a educadora-referência se retire com o grupo para um canto da sala, organizado com tapete e almofadas, onde de forma mais tranqüila ela irá ouvir as crianças, esse momento as autoras denominam de “ilha da intimidade”.

Penso que esses dois textos trazem ideias que estão distantes das realidades das nossas creches, mas que é preciso ser encaradas como possibilidades. Os problemas presentes hoje nas creches da nossa cidade são desafios reais no cotidiano, porém se houver um empenho é possível acontecer algumas modificações necessárias neste espaço.


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

DÉCIMO ENCONTRO – 30/09/14



Temas relacionados ao descanso e a refeição na creche foram discutidos nesse encontro. A turma foi dividida em dois grandes grupos, cada um ficou com um tema, o qual serviu de reflexão. Ideias interessantes do texto foram confrontadas com as experiências vivenciadas por professores e alunos na creche.

Um dos pontos que as professoras concordam completamente com as autoras Rheta DeVries e Betty Zan é que a hora do descanso é muito complicada tanto para as crianças quanto para os adultos que acompanham. As autoras explicam que “A hora do descanso é uma transição sobremaneira difícil porque, sob a perspectiva da criança, ela estará trocando fazer algo divertido por fazer absolutamente coisa nenhuma” (DeVries; Zan, 1998, p, 259). Qual a criança que  brincando vai querer parar esta atividade para dormir?
 
É necessário que este momento de descanso se torne agradável para a criança e não uma imposição, para isso é preciso que a educadora o transforme em um verdadeiro ritual, este deve ser estabelecido no inicio do ano. Para ajudar nesse momento as autoras indicam como recurso a música e as histórias. A sala deve estar escura o suficiente para a educadora se locomover cuidadosamente entre as crianças. Quando perceber que elas estão dormindo deve-se clarear a sala, pois elas só precisam descansar.

Referente à hora da refeição, esta deve ser um momento de prazer e não de estresse, como é normalmente. Diante dos relatos das educadoras, a hora da refeição é atribulada, pois é preciso cumprir um tempo estabelecido pela rotina da creche, o qual é totalmente oposto ao da criança. As autoras chamam atenção para não forçar as crianças se alimentarem sem que as mesmas não estejam com fome, “(...) por mais que o adulto sinta que uma criança deve e precisa comer, não deve haver pressão para isso nunca e nenhuma circunstância” (DeVries; Zan, 1998, p, 189)



A hora da refeição, pode ser um momento muito rico em aprendizagens, a educadora pode trabalhar não só o valor nutricional dos alimentos, mas também, a origem cultural dos alimentos consumidos na creche, o cheiro, o sabor, as temperaturas, a coordenação motora da criança ao lidar com os talheres, além de desenvolver a autonomia desta ao se servir sozinha. É importante que o educador e os demais funcionários da creche compreendam que a alimentação é bem mais que satisfazer uma necessidade ou uma forma de preservar a saúde, mas é preciso ser visto o seu lado educacional e social.

Ao terminar a socialização dos pontos mais importantes dos textos pelos dois grupos, nos encaminhamos para uma sala onde estavam expostas fotografias de crianças em creches de Irecê e algumas cidades circunvizinhas. As crianças desenvolviam algumas atividades interessantes propostas pelas suas educadoras. Achei bem interessante, pois foi possível visualizar várias experiências que são desenvolvidas neste espaço.  Pena que tive de me ausentar e não pude ficar até o final desta atividade, sinto que perdi muito com isso, pois acredito que teria muito que aprender com os relatos das colegas e da professora Joelma.



terça-feira, 30 de setembro de 2014

NONO ENCONTRO – 23/09/14

Este encontro possibilitou novas aprendizagens, assim como os demais, mas este eu achei mais significativo porque trouxe para o debate em sala um tema desafiador para todo educador que se propõe quebrar paradigmas enraizados na sociedade. Nele foi discutido o texto de Naíma Browne, que traz como título: A Identidade e as crianças como aprendentes. Nbeste a autora expõe uma grande preocupação referente à masculinidade hegemônica.

Antes do debate, aconteceu uma exposição de fotos que registravam crianças de diversos países, o fotógrafo trouxe um ítem que julgo muito importante, ele quis fotografar também o quarto destas crianças e através deste ato ele mostrou realidades bem distintas.

Crianças que desfrutam de muito luxo e conforto, outras que dormem no chão e o mais impactante, crianças que tem no lugar de brinquedos, armas potentes. Isto serviu para constatarmos que não existe apenas uma infância, mas diversas, pois depende dos seus contextos sociais e da temporalidade.

O momento que achei mais interessante foi quando a professora Joelma deu inicio ao debate do texto de Naíma Browne, pois estava ansiosa para saber a posição das demais educadoras presente. Achei o texto interessante e muito desafiador, já que o mesmo propõe o educador se posicionar contra o que está imposto pela sociedade.


As opiniões se divergiram muito, enquanto algumas acreditam que gênero é um tabu na educação infantil, mas que é preciso mudar isso. Outras acreditam ser muito difícil mudar esse paradigma, pois a escola já esta estruturada dessa forma.

domingo, 21 de setembro de 2014

OITAVO ENCONTRO – 16/09/14

Por muito tempo se acreditou que para a criança ter um bom desenvolvimento era necessário somente ter uma atenção voltada para a alimentação, a higiene, o sono e a proteção quanto as atividades que ofereciam perigo a elas. Estudiosos desta temática puderam constatar em suas pesquisas que o processo de desenvolvimento da criança envolve aspectos que vão muito mais além.

Para um maior aprofundamento neste tema, foi proposto o estudo e a socialização de dois textos das autoras Elinor Godschmied e Sonia Jackson, os quais trazem os seguintes títulos: O segundo ano de vida e Crianças em seu terceiro ano de vida. Após a leitura e exposição em sala, pude compreender de forma mais clara e detalhada  vários pontos importantes para saber lidar e contribuir no crescimento das crianças de dois e três anos.

As crianças de dois anos conseguem um desenvolvimento progressivo e uma relativa independência por meio do movimento e da habilidade da manipulação, ao alimentar-se sozinha, no desenvolvimento da linguagem pré-verbal precoce até a fala e no cuidado com o corpo que leva ao controle dos esfíncteres, conforme as autoras. Elas acrescentam que para haver um progresso contínuo por parte da criança é necessário que os adultos que a rodeia percebam estas ações, incentivando-a a todo momento.

As escritoras trazem o resultado de estudos longitudinais sobre a fala de crianças pequenas, realizado por Gordon Wells, através deste, o pesquisador constatou que a linguagem das crianças, cujos pais a escutavam teve um progresso maior do que aquelas que os pais ensinavam palavras novas ou a falar corretamente, corrigindo-as quando erravam. Acredito que este  conhecimento é de grande importância para todos nós, educadores.


Quando a criança completa três anos tende a falar sozinha enquanto brinca. Ao repetir palavras que ouviu, ela está reproduzindo determinadas situações, que são relevantes para ela, conforme relatam as autoras Elinor Godschmied e Sonia Jackson.


Uma forma de instigar a comunicação é através das histórias, mas as autoras chamam atenção para se ter cuidado na escolha, pois as histórias devem considerar experiências de cada criança. As educadoras tem a possibilidade de questionar as crianças referente a história contada e verificar a forma com entenderam. É necessário que os adultos próximos às crianças estimulem a curiosidade e a capacidade delas tomarem iniciativas, para que possam desenvolver a confiança e a autonomia.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

SÉTIMO ENCONTRO - 09/09/14


Hoje ao entrar na sala me deparei com um ambiente diferente. No centro da sala havia um tapete com motivos infantis, com várias almofadas de diversos formatos em cima. No mural tinha muitas obras de arte famosas de grandes pintores que ficaram marcados na história. Uma caixa com imagens de algumas cidades brasileiras começou a ser passada de mão em mão por um lado da sala e do outro foram distribuídas obras de arte para serem apreciadas. Confesso que fiquei curiosa para saber qual a finalidade de tudo aquilo.

Quando a professora Joelma nos propôs verificarmos quais os aspectos do texto lido, Organizando o espaço para viver, aprender e brincar das autoras Elinor Goldschmied e Sonia Jackson, e relacioná-los aos objetos da sala, comecei a compreender que poderíamos despertar nas crianças o interesse por obras de arte, com o objetivo de instigar a percepção visual, desenvolver a imaginação, a leitura de imagem, a concentração, noção de tempo, etc. Fiquei surpresa com estas informações, pois acreditava que este trabalho só era viável no Ensino Fundamental.

Referente aos cartões postais, descobrir que eles constituem um instrumento rico em informações, podendo ser explorado a geografia dos lugares, as características físicas e culturais da população, estimulando a imaginação e a socialização entre as crianças.

Este encontro possibilitou uma transformação na minha forma de perceber a criança, porque compreendi que quando limitamos o acesso ao conhecimento, ainda estamos concebendo-a como um ser incompleto e impotente. A partir do momento que apresentamos as obras e comentamos a respeito, as crianças não vão assimilar tudo, mas passam a construir conhecimento e aumentar o vocabulário, revelando seus interesses, curiosidades e necessidades.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

SEXTO ENCONTRO - 26/08/14


Retornamos às atividades hoje 26 de agosto de 2014, terça-feira, após duas semanas de recesso. Nesse encontro discutimos dois textos, os quais foram: Modalidades e Problemas do Processo de Socialização entre Crianças na Creche de Tullia Musatti e Relações com as Famílias de Gema Panigua e Jésus Palacios.

A turma foi dividida em grupos, os quais discutiram o texto escolhido e em seguida socializaram. Fiz parte do grupo 1, o texto selecionado por nós foi Relações com as Famílias de Gema Panigua e Jésus Palacios. Pudemos constatar que a realidade das creches em nosso território, tem muito haver com o que os autores comentam referente às relações família/escola,  estas se manifestam mais ativas na educação infantil, porém de forma muito complicada, pois são construídas expectativas tanto por parte das famílias como dos professores.

Conforme o que foi debatido no grupo, a creche tenta respeitar e considerar as várias conjunturas familiares, quando enviam comunicados por escrito à família, eles são endereçados aos pais ou responsáveis, pois a criança pode não possuir pai ou mãe, ou ainda morar com a tia, tio, avó, etc.

 Na prática pedagógica ainda está presente de forma ativa a comemoração do dia dos pais, das mães e das avós,  algumas professoras são contrárias a este fato e comentam que se a creche abordasse apenas o dia da família, estaria respeitando a diversidade familiar existente e demonstrando um certo nível de sensibilidade com as crianças que por algum motivo não tem mais o pai ou a mãe.


De acordo com os autores, a escola tem que saber lidar não só com a diversidade das estruturas familiares, mas também com as diferentes formas educativas presentes no contexto familiar "no dia-a-dia, elas precisam sentir-se livres para agir com seu filho conforme seu modelo educativo, sem sofrer a crítica permanente (comentário, gestos ou olhares de desaprovação) ou as constantes sugestões para "normalizar" seus filhos dentro de nossa suposta normalidade" (Paniagua, Palacius, 2007, p. 215). Quando as famílias percebem que são valorizadas e respeitadas pela escola, buscam aprender e colaborar mais.