A professora Imária deu inicio a este encontro apresentando
para o grupo sua experiência na África, através de várias fotos bem
interessantes. No ano de 2009, ela fez parte de uma equipe que desenvolveu um projeto denominado Formação de Educação Profissional na Linha Amarela, este foi
favorecido pela Organização Odebrecht. Ela registrou seu trabalho nos seguintes
países: Angola, Moçambique e Ruanda. Através dos seus relatos pude imaginar o
quanto esta experiência foi extraordinária.
Em seguida socializamos os textos: Técnicas corporais,
cuidado de si e cuidado do outro nas rotinas com bebês, da autora Daniela
Guimarães e O Educador-referência das autoras Elinor Godschimied e Sonia
Jackson.
O primeiro trata de uma pesquisa etnográfica realizada num
berçário com vinte e quatro crianças de três meses a um ano de idade, tendo como objetivo averiguar as práticas e técnicas que compõem os bebês, seus modelos
e sua funcionalidade, buscando também suas possibilidades afetuosas e sociais.
Para a autora Daniela Guimarães, os bebês ainda não
expressão opiniões sobre eles mesmos, mas já se percebem através da via
sensorial. Sua pesquisa busca entender como esta criança se transforma em
sujeito e como desenvolve a iniciativa própria. Como as técnicas corporais e o
cuidar acontecem dentro da creche, sem se tornarem apenas práticas mecânicas, mas
sim, como uma concepção de educação, através do diálogo.
No segundo texto, Educador-referência, as autoras pontuam
alguns momentos na creche que podem ser aprimorados, como por exemplo a questão
dos banheiros compartilhados por vários grupos. Elas afirmam que é necessário
um bom planejamento para não ser tumultuado e tenso o uso dos mesmos.
Na hora da refeição, enquanto a comida é trazida até a sala,
é importante que a educadora-referência se retire com o grupo para um canto da
sala, organizado com tapete e almofadas, onde de forma mais tranqüila ela irá
ouvir as crianças, esse momento as autoras denominam de “ilha da intimidade”.
Penso que esses dois textos trazem ideias que estão distantes
das realidades das nossas creches, mas que é preciso ser encaradas como
possibilidades. Os problemas presentes hoje nas creches da nossa cidade são
desafios reais no cotidiano, porém se houver um empenho é possível acontecer
algumas modificações necessárias neste espaço.
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