terça-feira, 14 de outubro de 2014

DÉCIMO PRIMEIRO ENCONTRO – 07/10/14

A professora Imária deu inicio a este encontro apresentando para o grupo sua experiência na África, através de várias fotos bem interessantes. No ano de 2009, ela fez parte de uma equipe que desenvolveu um projeto denominado Formação de Educação Profissional na Linha Amarela, este foi favorecido pela Organização Odebrecht. Ela registrou seu trabalho nos seguintes países: Angola, Moçambique e Ruanda. Através dos seus relatos pude imaginar o quanto esta experiência foi extraordinária.

Em seguida socializamos os textos: Técnicas corporais, cuidado de si e cuidado do outro nas rotinas com bebês, da autora Daniela Guimarães e O Educador-referência das autoras Elinor Godschimied e Sonia Jackson.

O primeiro trata de uma pesquisa etnográfica realizada num berçário com vinte e quatro crianças de três meses a um ano de idade, tendo como objetivo averiguar as práticas e técnicas que compõem os bebês, seus modelos e sua funcionalidade, buscando também suas possibilidades afetuosas e sociais.

Para a autora Daniela Guimarães, os bebês ainda não expressão opiniões sobre eles mesmos, mas já se percebem através da via sensorial. Sua pesquisa busca entender como esta criança se transforma em sujeito e como desenvolve a iniciativa própria. Como as técnicas corporais e o cuidar acontecem dentro da creche, sem se tornarem apenas práticas mecânicas, mas sim, como uma concepção de educação, através do diálogo.

No segundo texto, Educador-referência, as autoras pontuam alguns momentos na creche que podem ser aprimorados, como por exemplo a questão dos banheiros compartilhados por vários grupos. Elas afirmam que é necessário um bom planejamento para não ser tumultuado e tenso o uso dos mesmos.

Na hora da refeição, enquanto a comida é trazida até a sala, é importante que a educadora-referência se retire com o grupo para um canto da sala, organizado com tapete e almofadas, onde de forma mais tranqüila ela irá ouvir as crianças, esse momento as autoras denominam de “ilha da intimidade”.

Penso que esses dois textos trazem ideias que estão distantes das realidades das nossas creches, mas que é preciso ser encaradas como possibilidades. Os problemas presentes hoje nas creches da nossa cidade são desafios reais no cotidiano, porém se houver um empenho é possível acontecer algumas modificações necessárias neste espaço.


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