Por muito tempo se acreditou que para a criança ter um bom
desenvolvimento era necessário somente ter uma atenção voltada para a
alimentação, a higiene, o sono e a proteção quanto as atividades que ofereciam
perigo a elas. Estudiosos desta temática puderam constatar em suas pesquisas que
o processo de desenvolvimento da criança envolve aspectos que vão muito mais além.
Para um maior aprofundamento neste tema, foi proposto o
estudo e a socialização de dois textos das autoras Elinor Godschmied e Sonia
Jackson, os quais trazem os seguintes títulos: O segundo ano de vida e Crianças
em seu terceiro ano de vida. Após a leitura e exposição em sala, pude
compreender de forma mais clara e detalhada vários pontos importantes para saber lidar e contribuir no crescimento das crianças de dois e três anos.
As crianças de dois anos conseguem um desenvolvimento
progressivo e uma relativa independência por meio do movimento e da habilidade
da manipulação, ao alimentar-se sozinha, no desenvolvimento da linguagem
pré-verbal precoce até a fala e no cuidado com o corpo que leva
ao controle dos esfíncteres, conforme as autoras. Elas acrescentam que para
haver um progresso contínuo por parte da criança é necessário que os adultos
que a rodeia percebam estas ações, incentivando-a a todo momento.
As escritoras trazem o resultado de estudos longitudinais
sobre a fala de crianças pequenas, realizado por Gordon Wells, através deste, o pesquisador constatou que a linguagem das
crianças, cujos pais a escutavam teve um progresso maior do que aquelas que os
pais ensinavam palavras novas ou a falar corretamente, corrigindo-as quando
erravam. Acredito que este conhecimento é de grande importância para todos nós, educadores.
Quando a criança completa três anos tende a falar sozinha enquanto brinca. Ao repetir palavras que ouviu, ela está
reproduzindo determinadas situações, que são relevantes para ela, conforme relatam as autoras Elinor Godschmied e Sonia Jackson.
Uma forma de instigar a comunicação é através das histórias,
mas as autoras chamam atenção para se ter cuidado na escolha, pois as histórias
devem considerar experiências de cada criança. As educadoras tem a
possibilidade de questionar as crianças referente a história contada e
verificar a forma com entenderam. É necessário que os adultos próximos às crianças
estimulem a curiosidade e a capacidade delas tomarem iniciativas, para que
possam desenvolver a confiança e a autonomia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário